Como funciona a captação de recursos pelos FIDCs?

Jonh Tithor By Jonh Tithor
Rodrigo Balassiano

O especialista Rodrigo Balassiano explica que a captação de recursos pelos FIDCs é um processo estratégico que vem ganhando destaque no mercado financeiro. Esses fundos são formados por investidores que aplicam seus recursos para obter retornos a partir da aquisição de direitos creditórios, ou seja, créditos a receber provenientes de transações comerciais, financeiras ou de prestação de serviços. 

O que são e como funciona a captação de recursos pelos FIDCs?

Os FIDCs são veículos de investimento coletivo que visam principalmente adquirir direitos creditórios originados por diversas empresas. A estruturação do fundo envolve uma gestora responsável pela administração e uma custodiante que mantém os ativos. A captação de recursos pelos FIDCs ocorre por meio da emissão de cotas, adquiridas por investidores qualificados. Rodrigo Balassiano elucida que os cotistas têm retorno proporcional à rentabilidade do fundo, que varia conforme a atuação dos recebíveis adquiridos.

Em geral, os direitos creditórios incluem duplicatas, cheques, contratos de financiamento, cartões de crédito, entre outros. Esses ativos são avaliados segundo critérios de risco e liquidez, garantindo maior previsibilidade nos fluxos de caixa. A gestão eficaz dos FIDCs permite diversificação da carteira e mitigação de riscos, tornando-os atrativos para investidores em busca de alternativas mais rentáveis.

Captação de recursos pelos FIDCs: etapas e estratégias

A captação de recursos pelos FIDCs se inicia com a estruturação do fundo e a definição do tipo de crédito que será adquirido. Em seguida, a gestora realiza a oferta das cotas no mercado, direcionando a captação a investidores institucionais ou profissionais. Segundo Rodrigo Balassiano, essa fase exige uma comunicação clara sobre os objetivos do fundo, os tipos de recebíveis que compõem a carteira e os mecanismos de mitigação de risco.

Ademais, a rentabilidade esperada e o histórico da empresa cedente influenciam diretamente no sucesso da captação. A confiança no gestor e a transparência na governança do fundo também são fatores determinantes para atrair aportes significativos. A divulgação eficiente dessas informações é crucial para consolidar o interesse dos investidores e promover uma captação sólida e sustentável.

O papel das empresas cedentes no processo de captação

As empresas cedentes têm papel essencial no processo de captação de recursos pelos FIDCs, uma vez que são responsáveis por originar os direitos creditórios. Conforme expõe Rodrigo Balassiano, a qualidade dos recebíveis, a análise de crédito dos devedores e o histórico de inadimplência da cedente são criteriosamente avaliados pela gestora antes da aquisição dos ativos.

Rodrigo Balassiano
Rodrigo Balassiano

Dessa forma, quanto maior a qualidade e previsibilidade dos fluxos de pagamento, mais atrativo se torna o fundo para os investidores. As cedentes também se beneficiam do processo, pois conseguem antecipar recebíveis e melhorar seu capital de giro, promovendo uma relação vantajosa para ambos os lados. O alinhamento entre cedente e gestor é, portanto, fundamental para o bom desempenho do fundo.

Benefícios e riscos na captação de recursos pelos FIDCs

A captação de recursos pelos FIDCs oferece diversos benefícios, como rentabilidade superior à de produtos tradicionais, diversificação de carteira e exposição controlada a riscos de crédito. De acordo com Rodrigo Balassiano, a estrutura desses fundos permite uma gestão ativa dos ativos, o que contribui para a eficiência operacional e para o cumprimento das metas de retorno.

Entretanto, é essencial considerar os riscos envolvidos, como inadimplência dos devedores, concentração excessiva em determinados setores ou empresas, e eventual desvalorização dos recebíveis. Uma análise criteriosa e contínua da carteira é indispensável para minimizar essas ameaças e garantir a sustentabilidade do fundo no longo prazo.

Perspectivas do mercado de FIDCs no Brasil

O mercado de FIDCs tem apresentado crescimento expressivo nos últimos anos, impulsionado pela busca por alternativas de crédito fora do sistema bancário tradicional. Rodrigo Balassiano analisa que a tendência é de expansão contínua, principalmente com o avanço da digitalização e da análise de dados, que aprimoram a avaliação de crédito e a gestão dos fundos.

A regulação mais rígida e a exigência por maior transparência também contribuem para a consolidação dos FIDCs como instrumentos financeiros seguros e eficazes. O cenário é promissor para investidores e empresas que desejam diversificar suas fontes de financiamento, aproveitando os benefícios dessa modalidade.

Autor: Jonh Tithor

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