Restrição de crescimento intrauterino (RCIU): como identificar e o que fazer? Saiba mais sobre

Jonh Tithor By Jonh Tithor
Dra. Thaline Neves explica como identificar a restrição de crescimento intrauterino (RCIU) e quais os cuidados essenciais a tomar.

A restrição de crescimento intrauterino é uma condição que exige atenção durante o pré-natal. Segundo a Dra. Thaline Neves, esse diagnóstico está relacionado a bebês que não se desenvolvem adequadamente no útero, ficando abaixo do esperado para a idade gestacional. Essa situação pode trazer riscos tanto para a gestação quanto para o período após o nascimento. Pensando nisso, a seguir, abordaremos as principais causas desse problema, os fatores de risco e as estratégias de monitoramento que ajudam a proteger a saúde do bebê.

O que é a restrição de crescimento intrauterino?

A restrição de crescimento intrauterino ocorre quando o bebê apresenta peso ou medidas abaixo do esperado para sua idade gestacional. De acordo com Thaline Neves, essa condição pode estar relacionada a dificuldades no fornecimento de nutrientes e oxigênio ao feto. Ela pode ser classificada em simétrica, quando todas as medidas do bebê estão reduzidas, ou assimétrica, quando apenas algumas medidas estão abaixo do normal.

Entenda com a Dra. Thaline Neves o que é a RCIU, como diagnosticá-la precocemente e quais medidas podem proteger a saúde do bebé.
Entenda com a Dra. Thaline Neves o que é a RCIU, como diagnosticá-la precocemente e quais medidas podem proteger a saúde do bebé.

Tendo isso em vista, a identificação precoce é determinante para que os profissionais da saúde adotem estratégias de acompanhamento adequadas. O diagnóstico é feito principalmente por meio de exames de ultrassonografia, que avaliam o crescimento fetal, o fluxo sanguíneo e a quantidade de líquido amniótico.

As principais causas da restrição de crescimento intrauterino

As causas da restrição de crescimento intrauterino podem estar relacionadas a fatores maternos, placentários ou fetais. Isto posto, problemas como hipertensão arterial, diabetes não controlado e doenças renais estão entre os fatores maternos mais frequentes. Já no âmbito placentário, alterações na circulação podem comprometer a transferência de nutrientes e oxigênio.

Entre as causas fetais, destacam-se malformações congênitas, síndromes genéticas e infecções. É importante lembrar que, em muitos casos, a condição é multifatorial, exigindo uma avaliação clínica detalhada para compreender os elementos envolvidos, conforme frisa a médica proprietária da Clínica View, Thaline Neves. Inclusive, durante o evento de inauguração da clínica, foi realizado uma palestra acerca dessa condição.

Quais riscos a restrição de crescimento intrauterino pode trazer?

Os riscos da restrição de crescimento intrauterino vão além do baixo peso ao nascer. Como destaca a Dra. Thaline Neves, os bebês com esse diagnóstico apresentam maior probabilidade de sofrimento fetal durante a gestação, além de complicações respiratórias, metabólicas e neurológicas após o nascimento.

Outro ponto importante é que a RCIU pode aumentar o risco de parto prematuro e de necessidade de cuidados intensivos neonatais. Aliás, no longo prazo, estudos apontam que crianças que passaram por esse quadro intrauterino podem apresentar maior predisposição a doenças cardiovasculares e metabólicas na vida adulta.

Estratégias de monitoramento e cuidados com a restrição de crescimento intrauterino

O acompanhamento adequado é essencial para reduzir os riscos e garantir mais segurança ao bebê. Tendo isso em vista, existem diferentes estratégias utilizadas pelos profissionais de saúde para monitorar a gestação em casos de RCIU:

  • Ultrassonografias seriadas: permitem avaliar a evolução do crescimento fetal ao longo das semanas.
  • Dopplervelocimetria: analisa o fluxo sanguíneo na placenta, no cordão umbilical e nas artérias fetais.
  • Monitoramento do bem-estar fetal: inclui exames como cardiotocografia para verificar os batimentos cardíacos do bebê.
  • Controle de doenças maternas: cuidados especiais com condições como hipertensão e diabetes reduzem complicações associadas.

Essas estratégias, de acordo com Thaline Neves, ajudam a definir o momento ideal para a continuidade da gestação ou, em alguns casos, para a indicação de parto antecipado.

A importância do acompanhamento para proteger mãe e bebê

Em resumo, a restrição de crescimento intrauterino é uma condição que exige atenção e monitoramento contínuo. Todavia, com um pré-natal bem conduzido e exames adequados, é possível identificar precocemente o problema e adotar medidas que reduzam os riscos. Assim, tanto a mãe quanto o bebê têm mais chances de um desfecho positivo, mesmo diante de um diagnóstico desafiador.

Autor: Jonh Tithor

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